Após reajuste da Petrobras preço da gasolina chega a R$ 7,59 em Vitória
Um dia após a Petrobras anunciar o reajuste de 18,7% no preço da gasolina e 24,9% no diesel, postos da Grande Vitória já amanheceram com os novos valores expostos e muitos motoristas foram pegos de surpresa.
Motoristas correram aos postos após anúncio de reajuste
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos), o anúncio do reajuste gerou um momento muito difícil para a revenda, pois enquanto houve “uma corrida dos consumidores para abastecerem seus carros, o mesmo não foi permitido aos postos”, informou, em nota.
Na quinta-feira, motoristas se apressaram para tentar encher os tanques de seus veículos, pagando ainda o preço atual. No entanto, nem todos conseguiram, já que o estoque de combustíveis acabou rapidamente em alguns estabelecimentos.
Durante a tarde, filas de veículos puderam ser vistas em alguns postos de combustíveis na Grande Vitória.
Um deles foi o posto Moby Dick, na Praia da Costa, em Vila Velha, onde uma grande fila se formou na Rua São Paulo, que dá acesso ao estabelecimento. Também foram registradas filas de veículos em postos de Vitória.
O Sindipostos-ES informou que registrou inúmeros relatos de empresários que não tiverem seus pedidos atendidos pelas distribuidoras BR, Shell, Ipiranga e Atlântica. Em função desta prática por parte das distribuidoras, o Sindicato já acionou seu departamento jurídico, que está analisando as medidas jurídicas cabíveis.
Reajuste na gasolina passa de 18%
O anúncio dos reajustes na gasolina e no diesel acontece depois de quase dois meses com os preços congelados e em meio a pressões para não trazer a volatilidade do mercado externo para o Brasil.
Além disso, a estatal anunciou reajuste de 16% no gás de cozinha, reduzindo assim a defasagem da Petrobras em relação ao mercado internacional, que já chegava próximo aos 50%.
“Após 57 dias, a Petrobras fará ajustes nos preços de gasolina e diesel. E, após 152 dias, a Petrobras ajustará preços de GLP”, informou a empresa em nota.
A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
Para o GLP, a partir desta sexta, o preço médio de venda para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
“Esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”, disse a empresa em nota, referindo-se aos aumentos promovidos este ano pela Acelen, controladora da refinaria de Mataripe, na Bahia, única refinaria vendida pela Petrobras até o momento, e que estão 27% acima do preço da estatal.
Preço médio do litro da gasolina deve chegar a R$ 7,02
Com o reajuste anunciado pela Petrobras, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes (Fecombustíveis) calcula que a gasolina nos postos de abastecimento deve subir para média de R$ 7,02 o litro no País, contra a média atual de R$ 6,57 por litro. Já o diesel vai subir para uma média de R$ 6,48 o litro, contra a média atual de R$ 5,60 o litro.
Os cálculos levam em conta o Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Petrobras informou, nesta quinta-feira, que apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, explicou a companhia.
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