Bolsonaro expressa críticas às prisões de manifestantes e apela pela revisão das penas

Bolsonaro expressa críticas às prisões de manifestantes e apela pela revisão das penas

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), fez críticas à prisão e condenação de manifestantes que estiveram envolvidos nos incidentes que culminaram na invasão e vandalização de prédios como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, em 8 de janeiro.

Durante um discurso proferido em uma feira agropecuária em Chapecó, Santa Catarina, Bolsonaro levantou questionamentos acerca das condenações, prisões e medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, que foram impostas pela Justiça aos manifestantes detidos após os protestos.

Esperamos que essas medidas sejam revertidas em breve, permitindo que essas pessoas se livrem das tornozeleiras, e também que aqueles que foram condenados a penas de até 17 anos recuperem a liberdade. Alguns poucos acreditam que, me calando, poderão silenciar a nação. Não, ao longo de quatro anos, juntos, lançamos as sementes do que vivemos.”

Bolsonaro, embora tenha ressalvado que “alguns cometeram erros ao invadir prédios públicos,” classificou as penas como abusivas.

Para manter uma democracia, devemos respeitar a lei, seguir o devido processo legal e individualizar as condutas de cada um. Não podemos buscar fazer justiça por meio de uma grande injustiça em nosso país. Se eu estivesse na Presidência, tenho certeza de que nada disso teria acontecido”, afirmou.

O próprio ex-presidente está sob investigação por sua suposta ligação com os ataques ocorridos em janeiro e já prestou depoimento sobre o assunto em abril.

Bolsonaro aterrissou em Chapecó na quinta-feira, onde se reuniu com aliados e posteriormente participou da feira agropecuária. No evento, ele esteve acompanhado do governador Jorginho Mello (PL) e do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ambos apoiadores de seu governo.

Em seu discurso, Bolsonaro também expressou solidariedade ao povo de Israel, que recentemente se envolveu em conflitos após ataques do grupo terrorista Hamas. “Nós não aceitamos o terrorismo, não aceitamos a ditadura. Nós representamos o bem.”

Enquanto era aclamado por seus apoiadores, Bolsonaro enfatizou sua confiança de que o país retornará à normalidade em breve.

Fonte: OpniãoES