Comissões Exigem Esclarecimentos sobre Apagão que Afetou São Paulo no Início do Mês

Comissões Exigem Esclarecimentos sobre Apagão que Afetou São Paulo no Início do Mês

As comissões de Minas e Energia: e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados convidaram gestores federais e estaduais para explicarem a interrupção da distribuição de energia elétrica no estado de São Paulo no último dia 3 de novembro.

A audiência foi proposta pelos deputados Rodrigo de Castro (União-MG), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)e Ivan Valente (Psol-SP), e será realizada nesta quarta-feira (22), no plenário 14, a partir das 9 horas.

Relembre
No começo do mês, mais de 2 milhões de pessoas ficaram sem energia, depois de uma forte tempestade que atingiu São Paulo. Em alguns casos, a situação só foi normalizada quase uma semana depois.

Dentre os muitos prejudicados causados pela queda de energia, estão dezenas de estudantes que prestavam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) naquele fim de semana.

O governo federal cobrou providências e explicações da concessionária Enel, que atua na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana.

Fenômeno da natureza
Ivan Valente ressaltou que o fornecimento de energia elétrica é um serviço essencial e rechaçou o argumento de que o apagão foi causado por fenômeno da natureza.

“O monitoramento de órgãos de meteorologia, que fazem previsões sobre eventos climáticos severos e seus possíveis impactos sobre as cidades, permite ao governo acionar equipes para restabelecer os serviços essenciais e de forma célere”, disse Valente.

“Os efeitos deletérios da falta de energia, por um período tão longo, não podem se assentar apenas em causas da natureza”, reforçou Arnaldo Jardim.

Poucos funcionários
Já Rodrigo de Castro acredita que a demora no restabelecimento dos serviços possa ter relação com a redução do quadro de pessoal da empresa. Opinião compartilhada por Jardim: “Ao que tudo indica, não houve um correto trabalho de prevenção por parte da distribuidora responsável, como demonstra a redução em 35% no quadro de funcionários.”