Hugo Motta defende manutenção do texto que amplia isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o relatório aprovado pela comissão especial sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais chega “forte” ao Plenário e deve ser mantido. Segundo ele, as compensações foram bem debatidas e a proposta tem condições de ser aprovada.

Motta destacou que a escolha do ex-presidente Arthur Lira como relator foi estratégica para garantir interlocução com diferentes partidos e que a aprovação unânime no colegiado reforça a construção política.
“Claro que teremos emendas e destaques, mas, pela forma como foi debatido, acredito que o texto será mantido. A Câmara vai tratar o tema com responsabilidade”, disse.

Articulação política

Questionado sobre a atuação do governo, que perdeu a presidência da CPMI do INSS para a oposição, Motta avaliou que se tratou de uma falha pontual e que isso não deve atrapalhar a análise de medidas econômicas no Congresso, como a isenção do IR e as propostas de proteção às empresas diante do aumento de tarifas pelos Estados Unidos.
“É exagero dizer que as medidas não prosperarão. O Senado e a Câmara já aprovaram por unanimidade a lei da reciprocidade econômica. O compromisso de todos os parlamentares deve ser com o Brasil”, defendeu.

Prioridade à MP 1309/25

Motta afirmou ainda que dará prioridade à Medida Provisória 1309/25, que prevê crédito e ações emergenciais para setores impactados pelo tarifaço americano.
“Esses setores só têm o poder público para se apoiar nas circunstâncias atuais. O texto traz medidas importantes para proteger a economia e os empregos”, disse.

Relação com os EUA

O presidente da Câmara afirmou que o governo brasileiro tem buscado diálogo com os Estados Unidos, mas não tem recebido a mesma disposição da parte americana. Para ele, as medidas tarifárias desrespeitam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Espero que essa intransigência política seja superada e que possamos retomar a normalidade. O mundo inteiro tem criticado o que foi feito com o nosso País, e precisamos nos posicionar”, afirmou.

fonte :/www.camara.leg.br/