Hugo Motta: Votação sobre suspensão do aumento do IOF é recado claro ao governo sobre alta de impostos

Hugo Motta: Votação sobre suspensão do aumento do IOF é recado claro ao governo sobre alta de impostos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a votação do requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, que busca suspender o aumento do IOF, será uma mensagem clara ao governo federal sobre o sentimento predominante entre os parlamentares. Segundo ele, há um esgotamento em relação às medidas voltadas exclusivamente para o aumento de arrecadação por meio de impostos, sem avanços concretos na redução de despesas.

“O governo está entendendo esta mensagem. Será simbólica pelo sentimento da Casa e vamos aguardar os próximos passos. A Câmara vai continuar defendendo o que é melhor para o Brasil”, declarou Motta, em entrevista coletiva concedida na noite desta segunda-feira (16).

O parlamentar relatou que esteve reunido com o presidente Lula no sábado (15), além de ter participado de uma reunião nesta segunda-feira com líderes partidários, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo ele, sua missão como presidente da Câmara é verbalizar o sentimento dos deputados, que esperam do governo federal uma postura de equilíbrio fiscal não centrada apenas em tributos.

Corte de gastos é prioridade

Hugo Motta afirmou que, apesar de o governo ainda não ter sinalizado a retirada do decreto que elevou o IOF, há um compromisso assumido de iniciar um plano de corte de despesas.

“Não tem como se ter uma agenda de corte de despesa sem o Executivo entrar nesta pauta. É fundamental que o Executivo participe. O Congresso tem sido correto, aprovou tudo o que o governo mandou para cá, demonstrando responsabilidade com o País”, ressaltou.

Para o presidente da Câmara, a relação entre os Poderes tem sido pautada pela lealdade e franqueza, mas isso não impede a Casa Legislativa de se posicionar contra medidas que não atendam ao interesse público.

“Queremos que o Brasil dê certo por meio de medidas estruturantes, de melhoria do ambiente econômico”, concluiu.