Depois de altas seguidas preços de notebooks ficam estáveis em 2022

Depois de altas seguidas preços de notebooks ficam estáveis em 2022

Com a obrigatoriedade do home office para vários setores da economia durante a pandemia de Covid-19, os computadores portáteis ganharam outro status entre os consumidores e venderam como nunca.

Antes de a Covid chegar ao mundo, em 2019, foram entregues ao mercado nacional pelas indústrias, segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), 4,12 milhões de notebooks. Nos doze meses seguintes, já com o novo coronavírus pelo país, 5,02 milhões (aumento de 22%). Em 2021, a projeção é fechar dezembro com 6,79 milhões (35% mais que no ano anterior).

Como comparação, os computadores de mesa (desktops), mais comuns em ambientes de trabalho, caíram 20% nas vendas das fábricas em 2020, mas voltaram a subir, 24%, em 2021, recuperando as perdas com a retomada parcial da economia.

Para o ano que vem, a tendência projetada pela Abinee é que os notebook se mantenham no patamar de unidades produzidas em 2021 (6,7 milhões).

O faturamento do segmento de informática, no qual estão notebooks, desktops e tablets, deve recuar 5% em faturamento nos próximos doze meses.

“É natural que isso ocorra depois de dois anos de muito crescimento em 2020 e 2021”, explicou durante a apresentação dos dados o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato.

Em 2020, o faturamento das indústrias com produtos de informática foi de R$ 34,83 bilhões. Em 2021, R$ 47,24 bi (36% mais, ou 17%, descontada a inflação calculada para o setor).

Para 2022, apesar de o valor bruto ser 1% maior, de R$ 47,80 bilhões, ele fica 5% negativo retirando as perdas inflacionários projetadas para o IPP (Índice de preços ao Produtor), do IBGE.

Financeiramente, somando todos os segmentos, a indústria eletroeletrônica não tem do que reclamar desse período de crise sanitária. O faturamento em 2021 esperado é R$ 214,2 bilhões, com crescimento real (descontada a inflação) de 7% na comparação com 2020. O resultado é 6% maior do que o obtido em 2019, segundo a Abinee.

“Apesar das dificuldades remanescentes da pandemia e das instabilidades do cenário econômico, conseguimos voltar aos níveis de 2019, com crescimento no faturamento e na produção do setor”, afirma

O setor também criou mais vagas de trabalho durante a pandemia. Em 2019 eram 234,5 mil empregos diretos; Em 2020, a quantidade aumentou para 247,3 mil e deve encerrar neste ano com 266 mil. 

 

 

Reprodução: Folha Vitória