Bolsonaristas presos na Prainha são soltos
Os dois homens que foram detidos durante o desmonte do acampamento bolsonarista em frente ao quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na tarde de segunda-feira (9), deixaram o presídio na terça (10).
De acordo com a Secretaria de Justiça, os dois foram liberados mediante alvará de soltura no início da noite.
Eles foram detidos ao questionar a ação que obedecia a uma determinação do Ministério Público Estadual (MPES) que, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exigia a desmobilização, em 24h, em todo o Brasil, de todos os acampamentos instalados nas imediações dos quartéis.
Os dois bolsonaristas golpistas, de 48 e 52 anos, foram levados para a sede da Polícia Federal (PF), também em Vila Velha, onde prestaram depoimento. Posteriormente, eles foram encaminhados ao sistema prisional.
“A operação foi tranquila porque havia poucas pessoas quando chegamos lá. A determinação judicial vinda do STF mencionava que, se houvesse participantes dos atos, eles deveriam ser presos em flagrante e conduzidos à Polícia Federal”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Alexandre Ramalho.
Ramalho explicou que eles foram levados para a PF porque o inquérito pertence à esfera federal.
Desmonte de acampamento bolsonarista
As forças de segurança começaram a ocupar a Prainha para desmontar o acampamento por volta das 15h de segunda-feira. A ação teve a participação do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar.
A Guarda Municipal de Vila Velha interditou as ruas de acesso ao local. A prefeitura também apoiou a ação cedendo a central de videmonitoramento para acompanhamento da ação.
Os manifestantes golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que mantinham um acampamento com faixas, barracas e banheiros químicos nas imediações do 38º Batalhão da Infantaria, na Prainha, em Vila Velha, começaram a desmontar as tendas na última segunda-feira (9).
A atitude de desmontar o cenário aconteceu um dia depois dos atos terroristas provocados nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, e atende à ordem de dissolução total, em no máximo 24h, dos acampamentos antidemocráticos no entorno de quartéis em todo o País, emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Moraes também determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo, pelo prazo de 90 dias.
Seguindo a ordem do ministro, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) ordenou, em documento assinado na segunda, a retirada de todos os itens que caracterizam o acampamento destes manifestantes radicais bolsonaristas na Prainha, em Vila Velha.
Além disso, o MP requisitou diligências para a identificação de quem esteve presente no local ao longo dos últimos dias, inclusive por meio de placas de veículos que no local constam.
MPES pediu identificação de participantes
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) requisitou, em documento assinado na segunda-feira (9), a retirada de todos os itens que caracterizam o acampamento de manifestantes radicais bolsonaristas na Prainha, em Vila Velha.
Além disso, o MP requisitou diligências para a identificação de quem esteve presente no local ao longo dos últimos dias, inclusive por meio de placas de veículos que no local constam.
Entre os itens descritos a serem retirados, estão faixas, barracas e banheiros químicos nas intermediações do 38º Batalhão da Infantaria.
O pedido é de que sejam imediatamente apreendidos e acautelados em locais adequados a serem definidos pela Secretaria de Segurança Pública para permanecerem à disposição da Corte Suprema (o Supremo Tribunal Federal).
O documento também cita que, por conta das recentes notícias de prejuízos públicos e práticas criminosas cometidas por grupos antidemocráticos somadas ao atual estágio do desenvolvimento e organização destes grupos neste Estado da Federação, há requisição de que as forças de segurança estaduais e municipais impeçam novos reagrupamentos no local, com o uso proporcional e progressivo da força, caso se torne necessário.
Por fim, o MPES pediu a notificação das autoridades estaduais e das corporações de segurança, bem como do prefeito de Vila Velha, para que tomem conhecimento imediato da decisão e tomem providências.
Fonte: Folha Vitória
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