Catedral Metropolitana
A Catedral Metropolitana – Nossa Senhora Aparecida ou simplesmente Catedral de Brasília, é um templo católico brasileiro, na qual se encontra a cátedra da Arquidiocese de Brasília, localizada na capital federal, ao sul da S1, no Eixo Monumental, região da Esplanada dos Ministérios.
Principal Templo Católico de Brasília, a Catedral é dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil e de Brasília. Constitui uma das mais expressivas edificações da Capital, beleza não só religiosa, nos seus significados e símbolos cristãos. Joia arquitetônica e artística, foi escolhida pelo povo brasiliense maravilha número um da cidade.
Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, desenha-se em linhas arquitetônicas singulares e originais, e guarda as marcas características do seu arquiteto: concreto armado, vidro e espelhos d’água.
Descritivamente, ocupa uma área circular de 70 metros de diâmetro. Sua cobertura é sustentada por 16 colunas de concreto, num formato hiperbólico, medindo, cada uma, 42 metros de altura e pesando 90 toneladas.
Figurativamente, o próprio Niemeyer resume:
“Pensei que a catedral pudesse refletir, como uma grande escultura, uma ideia religiosa, um momento de oração, por exemplo. Projetei-a circular, com colunas curvas, que se elevam para o céu, como um gesto de reclamo e comunicação.”
CRUZ DO TEMPO
Na parte superior externa do Templo, onde as colunas parabólicas se unem numa laje, repousa expressiva cruz metálica, símbolo da Igreja Católica. Medindo 12 metros de altura, foi ali colocada no dia 21 de abril de 1968.
Mais uma informação sobre o assunto, para a qual o Monsenhor Marcony Vinícius Ferreira, antigo pároco da Catedral, chama a atenção: “D. Newton ganhou do Papa essa Cruz, contendo a relíquia da Santa Cruz de Cristo, e quis colocá-la no cume da Catedral para que, de lá, toda a cidade seja abençoada com o mistério da Cruz de Cristo.”
CAMPANÁRIO
Situado à direita de quem entra, o Campanário apresenta-se de forma inovadora e ousada. Criado por Niemeyer para ser a Torre da Catedral, foi inaugurado em 1977, por D. José Newton de Almeida Baptista, então Arcebispo de Brasília. Mede 20 metros de altura e suporta quatro sinos de bronze, doados pelo Governo da Espanha. Três deles – Santa Maria, Pinta e Nina –, lembram as Caravelas de Cristóvão Colombo na descoberta da América.
O quarto – Pilarica – é uma homenagem a Nossa Senhora do Pilar, muito cultuada naquele país. Desde 1987, controlados eletronicamente, os sinos tocam às seis, às doze e às dezoito horas.
O Espelho d’Água, sobre o qual a Catedral parece pousar, proporciona não apenas proteção, mas ajuda a refrigerar e garantir umidade ao ar seco do cerrado, além de refletir a beleza do Templo. Com 40 centímetros de profundidade e 12 metros de largura, tem capacidade para um milhão de litros de água. Circunda todo o Templo, ocultando a base das colunas e dando a impressão de que elas nascem dali. Os vidros da fachada-cobertura estão afastados do Espelho d’Água cerca de 50 centímetros. É por essa fresta que entra na Catedral a brisa do cerrado umidificada pela água do Espelho.
A CÚPULA DO BATISTÉRIO
Ainda parte do conjunto arquitetônico da Praça de Acesso, à esquerda de quem entra situa-se a Cúpula do Batistério – uma construção de concreto armado, de forma ovóide, que protege e complementa o interior da Capela onde se realizam os batizados.
Uma escada de mármore liga a parte externa do Templo ao Batistério, o que permite acesso direto a este, sem que seja necessário passar pela nave da igreja.
AS ESTÁTUAS DOS EVANGELISTAS
Esculpidas por Alfredo Ceschiatti e Dante Croce, quatro estátuas de bronze, cada uma com três metros de altura, estão posicionadas à esquerda e à direita da entrada principal do Templo. Representam os quatro Evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João – e o pergaminho que trazem à mão os identifica como os primeiros registradores da história de Jesus Cristo na Terra.
Uma tradição eclesiástica permite entender o posicionamento dado às quatro estátuas. Contudo, não foram encontrados registros, na história da Catedral, de que os construtores tenham tido essa intenção. Do lado esquerdo de quem entra estão Mateus, Marcos e Lucas, autores dos Evangelhos Sinóticos, assim chamados pela semelhança dos três relatos, a qual se permite, “a um só olho”, perceber. À direita está João, o autor do quarto Evangelho. Seus escritos apresentam traços que lhe são próprios e o distinguem claramente dos outros três, na estrutura, na forma e na ordem de relatar os acontecimentos da vida de Jesus.
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