Governo estuda regulamentação para balonismo turístico após tragédia em Santa Catarina

O Ministério do Turismo informou que deve se reunir com representantes do setor de balonismo na próxima semana para avançar na criação de uma regulamentação específica para a atividade no Brasil. O objetivo é estabelecer normas claras que garantam a segurança dos voos turísticos e incentivem o desenvolvimento responsável do setor.
O anúncio foi feito após o grave acidente ocorrido neste sábado (21) em Praia Grande (SC), quando um balão tripulado caiu após pegar fogo durante o voo. A tragédia resultou na morte de oito pessoas e deixou outras 13 feridas.
De acordo com as autoridades, o fogo teve início em um maçarico localizado no cesto da estrutura. No momento do acidente, o balão transportava 21 pessoas. Segundo o relato do piloto à Polícia Civil, parte dos ocupantes conseguiu saltar durante a tentativa de aterrissagem, mas o balão voltou a subir e caiu com os que ainda permaneciam a bordo. As vítimas fatais incluem pessoas carbonizadas no impacto com o solo.
O Ministério do Turismo lamentou o ocorrido e destacou que, desde o início do ano, vem trabalhando em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Sebrae para estruturar um marco regulatório para o balonismo com fins turísticos.
Atividade de risco
Atualmente, o balonismo é classificado como uma atividade desportiva de alto risco, segundo a Anac. A agência esclarece que os balões utilizados não são certificados, não têm garantia de aeronavegabilidade e operam sob responsabilidade exclusiva de seus operadores e praticantes. Também não há, até o momento, habilitação técnica específica para a condução dessas aeronaves.
Outro acidente em São Paulo
O acidente em Santa Catarina aconteceu menos de uma semana após outro caso envolvendo balonismo no interior de São Paulo. Em Capela do Alto, um balão caiu com 35 pessoas a bordo. Uma mulher morreu e 11 passageiros ficaram feridos. O acidente ocorreu durante um voo comemorativo do Dia dos Namorados.
A vítima fatal foi identificada como Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos. Ela estava acompanhada do marido no passeio. O balão havia partido de Boituva e, segundo testemunhas, colidiu duas vezes com o solo antes de cair.
Diante da sequência de acidentes, cresce a urgência por regras mais rígidas e fiscalização efetiva para garantir a segurança dos voos de balão no Brasil.

Moderação e Revisão de Conteúdo Geral. Distribuição do conteúdo para grupos segmentados no WhatsApp.