Brasil está consolidando vendas de produtos on-line

Brasil está consolidando vendas de produtos on-line

Se há pouco tempo muitos brasileiros tinham medo de fazer compras remotamente, com a pandemia muitos viram esta forma de compra como a única alternativa momentânea. Esse tipo de consumo também deixou de ser sazonal, quando muitos compravam em datas como a Black Friday. Tanto que em pesquisa recém divulgada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas on-line correspondem a 11,6% do setor varejista no país, e o mesmo nunca sai da casa de dois dígitos fazendo uma análise do ano.

A maior parte das compras é feita por dispositivos móveis, cerca de 80% dos consumidores utilizam o celular para fazer suas escolhas através do aparelho ou de aplicativos de marcas. E elas se movimentaram bastante para se adequar e trazer qualidade e facilidade para os seus clientes.

Analisando dados do ano passado, em 2020 o comércio eletrônico cresceu 35%. Um setor que acompanhou esse crescimento foi o mercado infantil. Para se ter uma ideia a previsão de aumento das vendas para 2021/2022 é de 6% a 7%, incluindo as vendas on-line. Vale lembrar que o segmento representa 16% do setor têxtil, onde o Brasil ocupa a quinta posição mundial.

“Sentimos que as pessoas perderam o receio de comprar através do e-commerce, e incluímos as mães que tinham dúvidas sobre tamanho, modelagem, entre outras questões. Então sentimos a necessidade de melhorar nosso site, ajudando a facilitar a vida do nosso cliente da melhor forma possível. Nosso trabalho é feito para atender o consumidor, por onde ele está disposto a comprar”, conta Sergio Pereira, diretor comercial da Alphabeto.

Este ano também serviu para consolidar este tipo de comércio. Se em 2020 ele atingiu seu ápice no país, agora é o momento que o consumidor já está adaptado a nova realidade. Segundo pesquisa divulgada na 44ª edição do Webshoppers, no mais amplo relatório sobre comércio eletrônico do país elaborado pela Ebit l Nielsen, em parceria com o Bexs Banco, são 6,2 milhões de novos consumidores estáveis. E são eles que ajudaram a aumentar o ticket médio, já que chegam com um apetite mais alto do que as pessoas que estão acostumadas com este ambiente.

“Esse movimento de consolidação é natural. A pandemia fomentou um crescimento muito forte no ano passado. O importante é que o e-commerce está mantendo o patamar elevado graças ao serviço prestado pelas lojas e pela adaptação das pessoas ao ambiente on-line” explica o líder de e-commerce da Ebit l Nielsen, Marcelo Osanai.

E é de olho neste andamento e tendência do mercado que muitas empresas vão seguir, unindo a plataforma de compra às redes sociais e criando um ambiente único e conectado.

“O consumidor está pronto para comprar em múltiplos canais, de forma cada vez mais rápida e mais fácil, não tem como fugir. E além de todas as formas digitais, a venda pelo WhatsApp também está em alta e traz números significativos para quem também adotou este caminho, explica Sergio.

 

 

Reprodução: Folha Vitória