Covid-19: Adesão baixa à 3ª dose é desafio para “risco muito baixo” no Espírito Santo
Na próxima segunda-feira, dia 08 de novembro, começa a valer a nova Classificação de Risco para as microrregiões do Estado. Aqueles que atingirem as metas de imunização determinadas poderão alcançar o chamado “risco muito baixo” – simbolizado pela cor azul.
Nessa nova categoria, que é permanente, não há restrições. Ou seja as medidas aplicadas às demais categorias de risco (baixo, intermediário, alto e extremo) serão extintas, não havendo restrições para atividades econômicas, sociais e culturais. O uso de máscaras continuará sendo recomendado.
Enquanto uma microrregião não chegar nesse patamar, seus municípios continuarão sendo classificados individualmente nos demais riscos (baixo, moderado, alto e extremo), que poderão variar de semana para semana.
Entenda as regras
Para a nova classificação, o Estado foi dividido em 10 microrregiões administrativas: Caparaó, Central Sul, Centro-Oeste, Rio Doce, Central Serrana, Litoral Sul, Metropolitana, Nordeste, Noroeste e Sudoeste Serrana.
Cada uma dessas microrregiões precisa alcançar as seguintes metas para chegar ao risco azul, considerado muito baixo para transmissão da covid-19:
– 80% da sua população adulta com as duas doses da vacina ou dose única;
– 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos com pelo menos a primeira dose;
– 90% da população idosa, acima de 60 anos, e de imunossuprimidos com a dose reforço.
Além disso, é necessário ter pelo menos um ponto para testagem livre, no qual a pessoa poderá realizar a testagem gratuitamente quando julgar necessário — mesmo se não apresentar sintomas.
Cobertura vacinal com 3ª dose é baixa entre os idosos em todo o ES
A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é de que, até o fim do mês de novembro, todas as regiões do Es´pírito Santo atinjam a nova classificação de risco muito baixo.
No entanto, o baixo número de pessoas que procuraram o sistema de saúde para receber a 3ª dose dos imunizates contra covid-19 pode fazer com que essa meta fique um pouco distante da realidade dos capixabas.
A microrregião Centro-Oeste é que apresenta o menor percentual de idosos vacinados com a dose de reforço contra covid-19. Apenas 34,73% dos maiores de 60 anos foram imunizado com a D3, um número bem distante da meta eletiva para o risco azul, que é de 90% de cobertura vacinal.
O melhor desempenho, até o momento, é da microrregião Central Serrana. Os municípios de Itaguaçu, Santa Teresa, Itarana, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina já vacinaram, juntos, 65,43% da população idosa com a terceira dose das vacinas contra covid-19.
Já na microrregião Metropolitana, o número de idosos imunizados com a dose de reforço atingiu a marca de 54,37%. Veja na lista abaixo os percentuais de todas as microrregiões do ES:
Centro-Oeste: 34,73%
Nordeste: 47,64%
Noroeste: 50,69%
Central-Sul: 53,68%
Rio Doce: 54,02%
Metropolitana: 54,37%
Caparaó: 56,16%
Litoral Sul: 59,45%
Sudoeste Serrana: 61,83%
Central Serrana: 65,43%
Microrregião Centro-Oeste é a que está mais distante da classificação de risco muito baixo
Composta pelos municípios de Alto Rio Novo, Pancas, São Gabriel da Palha, Vila Valério, São Domingos do Norte, Governador Lindenberg, Baixo Guandu, Colatina, Marilândia e São Roque do Canaã, a microrregião Centro-Oeste é a que apresenta os piores números de cobertura vacinal.
Além da baixa adesão à dose de reforço, no que diz respeito à vacinação dos adultos, 72,98% foram completamente imunizados – a meta para o risco muito baixo é de 80%. Já com relação aos adolescentes, de 12 a 17 anos, apenas 58,74% receberam a primeira dose da vacina contra covid-19. A meta de imunização deste público é de 90%.
Reprodução: Folha Vitória
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